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O estacionamento das bicicletas


Fotos e Textos: Carlos Morgadinho

 

Duas semanas atrás produzi um texto intitulado "Assunto já estafado..." onde apresentava o meu desagrado sob a maneira como alguns dos utilizadores deste meio de transportes se comportavam nas ruas da nossa cidade. Ficou então a promessa de voltar ao assunto mas desta referente aos locais onde os velocípedes eram "estacionados" na via pública.

A grande maioria, como já citei na minha última crónica, são cidadãos respeitadores mas, alguns, por vezes estão-se nas "tintas" para o código da estrada e não só pois muitas das vezes põem as suas vidas em risco e não só pois os peões, principalmente, serão os que mais sofrerão num atropelamento por uma dessas bikes que andam "disparadas" pelas ruas, passeios e nas passadeiras destinadas aos peões. Há uns meses atrás foi noticiado que uma pessoa tinha sido mortalmente colhido quando atravessava a rua num semáforo com luz verde para pedestres.

Agora dá-se o caso que as bicicletas, que têm aqueles aparatos, nos passeios, para "estacionar" muitas das vezes não os usam por várias razões, ou porque não estão mesmo à porta dos lugares onde moram, trabalham ou porque a bicicleta não quer companhia no lugar reservado para aqueles meios de transportes, ou até por outros motivos que desconheço.

Bicicletas,  há quem "estacionam-nas" nos postos metálicos de ordenação do trânsito automóvel como "Non standing", proibição de estacionar dentro de horas de ponta, lugares reservados a deficientes, limite de tempo de estacionamento, etc., etc. e etc..., tudo ali "plantado" pelos serviços camarários. Outra aberração das bicicletas é o "estacionar" nas "baby-trees" (árvores de pequeno porte) onde o metal da corrente/cadeado que a imobiliza à árvore poderá danificar os troncos dessas árvores originando a morte prematura e subsequentemente a sua substituição com as despesas que acarreta estes trabalhos. 

Terminando, gostaria de deixar aqui umas anotações. É que as bicicletas nos engenhos para a  estacionar legalmente, embora quase na berma do passeio, mais as outras que se encontram fixas nas árvores e nos postos metálicos de sinalização, são tantas que os passageiros dos carros que estacionam na rua são impossibilitados de sair dos veiculos.

O certo é que a polícia, talvez por excesso de funções ou missões a cumprir, não lhes dá a menor atenção e os fiscais da câmara, que correm as artérias nos carros na inspeção e fiscalização dos passeios, árvores, lixo, reparação ou substituição de algo de propriedade ou responsabilidade da autarquia também não vêm esta situação.

Muitas das vezes tenho que apear ou recolher a minha sogra, pessoa que tem 89 anos de idade e já com certas limitações de se locomover, no prédio da Terra Nova, na Dundas St. West e a Dovercourt Rd. Por me ser impossível estacionar devido à "barreira" de bicicletas estacionadas ali tenho de imobilizar a viatura próximo da paragem do carro-eléctrico (Streetcar) para que, aquele meu familiar, possa entrar ou sair da viatura sem obstrução que poderá por em perigo esta operação. Fazendo isto, estacionar numa zona de "no standing", estou-me habilitar a uma multa aplicada pelas autoridades caso por ali passem. 

Só lamento é que a autarca responsável daquela zona não se aperceba deste pequeno, mas sério, problema. Anos atrás os vereadores Mário Silva e Adam Giambrone ainda por ali cruzavam, várias vezes, no correr do mês. Agora, a responsável pelo Bairro, nem com binóculos...

Cá fico, com o meu terço, rezando por um milagre fazendo, ao mesmo tempo, promessas para que o meu rico padroeiro, o  S. António, me escute e, com os seus poderes celestiais, traga a  solução para estas aberrações.

 

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